quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Haverá outras vozes e vezes. O país ficou quente, os déspotas, mais duros e desvelados. Gases e balas de borracha têm aberto clareiras de fogo; quebram vidraças. As pessoas têm medo e raiva; as manchetes são as mesmas, as mesmas as injustiças. Foi Ricardo Oiticica, tantos amarildos, a professora aposentada. Foi minha amiga, meu amigo, meu colega de faculdade e algo está diferente e talvez não se creia tanto assim. Tudo é o mesmo desalento, mas de mãos dadas.
Entre a indiferença, a luta, a esperança e a descrença nascem as crianças da minha casa. E quem vai educar esse sorriso, além de mim? Quem te erguerá e te levará ao mar, até onde dá pé? Depois de mim?

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